sexta-feira, 25 de julho de 2014

Resenha: Os Homens são de Marte e é Pra Lá Que Eu Vou

Imagem: Reprodução/Lully de Verdade

As comédias brasileiras estão cada vez melhores. Com a revelação de humoristas como Fábio Porchat e Paulo Gustavo nos últimos anos, o cinema nacional ficou hilário e vem agradando bastante as platéias do Brasil. Então, nem preciso dizer que, ao ver o trailer de Os Homens são de Marte e é Pra Lá Que Eu Vou, pensei: “preciso ver este filme!”. Até ali, somente Gustavo foi meu incentivo, mas assim que os créditos começaram a rolar, mudei de ideia. Vale a pena ver por causa de todo o elenco.


Dirigido por Marcos Baldini e Homero Olivetto, o filme é estrelado pelo comediante, Mônica Martelli e Daniele Valente. Eles compõem o trio protagonista da produção, todos solteiros. O foco central é em Fernanda (Martelli), desesperada pra encontrar o amor de sua vida e se casar depois de vários anos de badalação (os primeiros minutos nos mostram um pouco a vida que ela costumava ter no passado). Aos 39 anos, ela trabalha com organização de casamentos ao lado dos amigos e sua empresa está começando a crescer no mercado. No entanto, o fato de ser atraente e bem-sucedida não é suficiente para ela; a personagem quer um homem pra completá-la. É basicamente isso que vemos aqui: uma mulher em diversos relacionamentos, cada um mais engraçado que o outro.

Quais foram os partidos escolhidos? Bom, temos o senador mulherengo Juarez (Eduardo Moscovis), o produtor Robertinho Guimarães (Humberto Martins), o alemão Nick (Peter Ketnath) e o arquiteto Tom (Marcos Palmeira). As opções são várias, cada uma com suas qualidades e defeitos, e o que torna o roteiro tão simpático é ver como todas essas interações se desenrolam na telona. Temos um com ejaculação precoce, outro com hiperatividade, outro natural demais e por aí vai. É divertido ver como que uma mulher experiente, sensível e vaidosa como Fernanda lida com isso.

O fim é previsível e o conteúdo é bastante superficial, não posso negar. A única lição que fica aqui, pelo menos que eu peguei do enredo, é que você não deve apressar as coisas na vida e nem esperar o príncipe encantado. Quanto você menos esperar, sua alma gêmea aparece. A partir daí, as coisas acontecem naturalmente, não force a barra ou faça planos de uma vida perfeita. Quando eu falo isso parece bobagem, mas tem muita gente que pensa assim, o que não deixa de ser normal, deixo claro. Só que é preciso ter paciência e deixar tudo rolar aos poucos. Por isso, aposto que alguns vão se identificar um pouco com a história narrada.

Aparentemente, trata-se de uma produção que pode atrair, majoritariamente, o público feminino, mas adianto que não. O que mais conquista todos é, de longe, o trio principal. São três atores excepcionais e que interpretam seus personagens com louvor. A química entre eles então...sensacional! Nas cenas que compartilham, eles nos convencem da amizade que têm – por mais zoada que seja! - e nos fazem querer que eles fiquem conversando ali por mais dez horas se quiserem.  Se Aníbal (Gustavo) nos faz rir com sua capacidade incrível de improvisar e sinceridade, Nathalie (Valente) faz muito bem uma jovem ingênua e carente que sonha em ser atriz. Eu não sabia do talento de Martelli e acabei me surpreendendo com o quanto ela está hilária no longa. Até um tique nervoso na hora de paquerar ela arrumou para a Fernanda; difícil não dar gargalhadas, seja você adolescente, adulto ou idoso.

Quer se divertir? Muito? Recomendo demais Os Homens são de Marte e é Pra Lá Que Eu Vou. Sim, temos aqui uma mulher dependente de homem pra se sentir completa e tudo gira em torno disso. Você já viu isso antes e o desfecho não podia ter sido menos clichê, ok. Mas para alguém que apenas quer rir durante uma hora e meia e sair do cinema mais leve e até esperançoso em relação ao amor, é um ótimo filme. Além disso, como não ter um período tão satisfatório com personagens tão carismáticos? Com algum deles você vai se identificar, pode ter certeza; nem que seja um pouco.











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