segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Resenha: Teenage Mutant Ninja Turtles

Imagem: Reprodução/Visual MMG

Quatro tartarugas altas e fortes e extremamente simpáticas. São elas a principal atração de Teenage Mutant Ninja Turtles (As Tartarugas Ninjas, EUA, 2014), de Jonathan Liebesman. O filme é um ótimo entretenimento para os fãs, mas não oferece mais do que seus protagonistas e efeitos especiais.

Os primeiros minutos nos contextualizam brevemente - através de uma animação - sobre as tartarugas mutantes, treinadas por bastante tempo nos esgotos, a fim de proteger a cidade de Nova York. Depois, somos apresentados à repórter April O'Neil (Megan Fox), jovem cheia de determinação para fazer matérias mais desafiadoras e emocionantes na carreira, mas que só acaba trabalhando temas, digamos, longe disso. Porém, seu forte interesse em desvendar o mistério da perigosa organização Foot Clan vai levar-lhe de volta ao seu passado, à morte de seu pai (Paul Fitzgerald) e ao surgimento de Leonardo (Pete Ploszek/Johnny Knoxville), Michelangelo (Noel Fisher), Donatello (Jeremy Howard), Raphael (Alan Ritchson) e Splinter (Danny Woodburn/Tony Shalhoub), criados por ele e o parceiro de laboratório Eric Sacks (William Fichtner).

Como praticamente todos os filmes de super-heróis, já conhecemos os vilões na primeira metade. Neste caso, temos Shredder (Tohoru Masamune), líder do clã, e seu filho adotivo. Não vou revelar quem o interpreta porque é um spoiler enorme, mas isso já é revelado com meia-hora ou menos de longa. Suspense não é um ponto forte aqui. Porém, ação temos de sobra, pois o que mais temos são cenas de combate entre o lado do mal e as tartarugas ninjas.

O que mais se destaca aqui são os protagonistas. Raphael, de vermelho, tem seu rebelde e raivoso, Michelangelo traz o seu jeito palhaço, Donatello é o nerd do grupo e Leonardo o líder. Eles estão excelentes e compartilham cenas hilárias na telona. Isto porque cada um conquista com seu jeito específico de ser e pode ter certeza que você vai achar carisma em cada um deles. Juntos, eles são sagazes e eficazes, mas, ao mesmo tempo, são bem desastrados. Por isso que digo que TMNT é uma comédia/ação, estilo Guardiões da Galáxia.

O grande problema do roteiro está em O'Neil, nos vilões e no desenvolvimento da história. Começando pela primeira, devo dizer que gosto bastante de Fox e ela é muito mais do que um belo rosto e corpo. Aqui, até que os roteiristas deram a ela uma chance de ser mais do que isso, só que o que parecia algo promissor em função da história de vida da personagem, na película fica apenas superficial. Após o aparecimento das tartarugas, ela é deixada de lado e torna-se uma dama em apuros que raramente consegue tirar uma boa foto jornalística com seu celular. Até exploração de seu bumbum com as câmeras tem, sob olhar de Vernon Fenwick (Will Arnett). Whoopi Goldberg faz sua chefe, mas ela é tão figurante que nem vou comentar sua participação.

Os vilões, bem, são ainda mais ignorados. Aprendemos pouquíssimo sobre os mesmos e nem dá tempo de odiá-los ou amá-los. A justificativa de um deles, então, é péssima. Ademais, Karai (Minae Noji), peça importante do Foot Clan nos quadrinhos, assume no filme um papel fraco e subalterno demais.

No caso do roteiro, gostei das adaptações do quarteto principal e a nova história por trás da aparição deles não deixou a desejar (apesar do fato de que alguns fãs provavelmente não vão aprovar). Os efeitos especiais e as lutas ficaram muito bem produzidos, especialmente uma descida emocionante numa montanha de neve, e não vi nenhum problema na versão alta e forte dos mutantes. Por outro lado, as coisas acontecem demasiadamente rápido, como se o diretor fosse jogando os acontecimentos sem freio; talvez seja por isso que alguns personagens que deveriam ter sido principais acabaram ficando coadjuvantes por falta de uma melhor administração da história nos pouco mais de 100 minutos de filme.

Teenage Mutant Ninja Turtles é divertidíssimo e um ótimo entretenimento para os expectadores. Não é uma adaptação marcante dos heróis mutantes, mas é o começo de uma franquia que ainda promete faturar bastante nas bilheterias.









Um comentário:

  1. Além de ter uma história convincente, filmes infantis apresenta um elenco de qualidade que se interpõe entre o ator Will Arnnet, um dos meus favoritos no gênero da animação. Excelente para fazer com a família.

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