domingo, 20 de abril de 2014

Resenha: Captain America: The Winter Soldier

Imagem: Reprodução/Fansided

Pra quem viu Captain America: The First Avenger em 2011 e também achou o filme meio chato, assistir à sua continuação é respirar aliviado. Aliviado porque o longa tem um roteiro com muito mais toques de humor, melhores cenas de ação e personagens mais carismáticos. O vilão principal não é lá essas coisas, mas, de maneira geral, Captain America: The Winter Soldier (Capitão América: O Soldado Invernal, EUA, 2014) é um prato cheio para os fãs do super-herói e dos quadrinhos da Marvel.



Depois dos acontecimentos de The Avengers (2012), acompanhamos Steve Rogers (Chris Evans) na cidade de Washington em sua rotina normal de cumprir missões que salvam os Estados Unidos de inimigos perigosos, ao lado de agentes da S.H.I.E.L.D e Viúva Negra (Scarlett Johansson). Porém, quando Nick Fury (Samuel L. Jackson) avisa-o para não confiar em ninguém da corporação para a qual trabalha, ele começa a descobrir muitos segredos, os quais podem colocar não apenas sua vida em risco, como também a de milhões de pessoas. A partir daí que começam a entrar na história novos personagens, tais como Alexander Pierce (Robert Redford), Agent 13 (Emily Van Camp), Brock Rumlow (Frank Grillo) e Falcon (Anthony Mackie).

O vilão do longa, que é o principal braço forte desse plano maléfico de eliminar parte da humanidade, é um tanto quanto enigmático no começo, mas, até pra quem não presta muita atenção, é possível descobrir sua verdadeira identidade pouco tempo após sua primeira aparição. Juro que não entendo como que, dentro do cinema, escutei diversas pessoas com um ar de surpresa quando o rosto do Soldado Invernal aparece na segunda metade da película. Antes disso acontecer, já dava para ver, seja pelos olhos dele ou por causa de uma cena específica em que ele aparece em uma sala com pouca luminosidade, quem ele era.

A parte do roteiro que explica sua origem e como foi desenvolvido é muito bem feita quando recebemos a notícia, mas podiam ter escondido melhor o rosto dele, sinceramente. É meio chato já saber quem é o vilão antes da hora certa. E, se for revelar antes, que dê mais espaço ou diálogos para ele, pelo menos; crie alguma conexão com os expectadores. Isso se deu muito rapidamente aqui, na minha opinião. O cara praticamente não fala nada até o momento em que Rogers o reconhece. Deu uma saudade imensa do Loki viu...

O principal motivo do segundo filme do super-herói ser melhor que seu antecessor é a história e os personagens que são trazidos junto dela. Se na batalha da 2ª Guerra Mundial em que acompanhamos o recém-criado herói dos Estados Unidos não tivemos pessoas interessantes para cativarem o público, aqui temos os ousados e engraçados Fury, Viúva Negra e Falcon. A Agent 13 deve ser melhor explorada no terceiro filme da série, mas já mostrou que vai ser uma forte aliada do Capitão América no futuro. Em outras palavras, a presença destes ajudou a dar um tom mais dinâmico e divertido à produção, algo que o anterior, mais dramático e sombrio, não teve.

Outra coisa que gostei no roteiro foi o diálogo com o conteúdo do primeiro longa do herói. Em alguns momentos, vemos lembranças de Rogers, como suas dificuldades no exército, o melhor amigo Bucky Barnes (Sebastian Stan) e seu par romântico Peggy Carter (Hayley Atwell), agora já bastante idosa. A HYDRA, organização que queria dominar o mundo após a derrota dos Aliados na guerra, também retorna aqui, só que de uma forma diferente. Uma série de ações realizadas por ela a fim de trazer a segurança ao mundo em troca da liberdade são reveladas, o que traz toda uma discussão política ao redor do tema. Bem interessante ir além das histórias de um vilão que quer dominar o mundo e trazer o caos e medo junto, e passar a dialogar com algo com o qual podemos relacionar com o mundo em que vivemos.

Como todo filme de ação, Winter Soldier tem suas cenas clichês, daquelas em que no último segundo alguém impede um desastre ou um personagem faz um movimento extremamente perigoso e consegue ser salvo só porque aquilo é ficção. Mas isso é Hollywood e um longa de super-herói, é óbvio que teríamos coisas do tipo; é de praxe.

Pra quem não curtiu muito Capitão América em 2011, pode assistir ao novo porque ele é muito mais agradável, interessante e cheio de rostos conhecidos. E lembre-se de ficar para o pós-créditos porque, como todo filme da Marvel, tem surpresa e já adianto que tem relação com Avengers: Age Of Ultron.





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